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O propósito da Aperaltar apresenta um desafio com a grandeza daquilo que a compõe e que a define: real, alegre, autêntica, inovadora, harmoniosa, colorida, culta, livre, independente, criativa, preventiva, relacional, emocional, sustentável, rigorosa, social, transparente e com memória.  A sua e outras…

A Aperaltar enriquece as histórias que quer contar!

 

Era uma vez…

 

Há muitos anos atrás o meu bisavô Luís dos Santos Riscado casado com a minha bisavó, Maria da Trindade Riscado, homem apessoado, inteligente, distinto, pai de família numerosa, vivia na linda cidade em Castelo Branco. Os pais da minha querida avó materna, Ilda Velez. O meu bisavô por ser homem de ideias republicanas entendeu dar nome de ativistas deste movimento, aos filhos. A minha querida avó não foi excepção.

Teve 9 filhos, uma prol. O avô Luís, era funcionário da Câmara Municipal de Castelo Branco, era dedicado, inteligente, apessoado e sabedor da área da eletricidade e a par da sua vida no município constituiu uma empresa, uma sociedade na área elétrica e assim foi crescendo profissionalmente numa época difícil do início da República. A avó Lilila, contava que a sua casa era farta, as arcas cheias de alimentos, pão, enchidos, queijos, tinham uma vida desafogada para a época. Tinham ferro elétrico e o meu avô adquiriu um sidecar, era uma pessoa interessada com vontade de edificar. Escutei sempre que o avô tinha duas tias, senhoras também elegantes e aperaltadas no vestir e no trato. Usavam chapéus de requinte e originais. O apelido aperaltar surge desta forma e a tradição verbal levou ao nome apelido peralta.

As palavras seduzem e combinadas geram títulos queridos e levaram a muitas brincadeiras com os meus filhos e agora na minha profissão! Uma graça!

 

A vontade de me apresentar bem suscitou sempre em mim a vontade de me aperaltar…penso que desde a faculdade que me “pinto”, faz-me bem o brilho da maquilhagem.

Adoro sapatos, malas, flores, pregadeiras, pulseiras, brincos coloridos, chapéus, gorros, luvas, relógios, livros, papéis, canetas mil, cadernos mil, etc…  Sou dona de bom gosto, o meu, o requinte e belo atraem-me. Peralta, confesso, combina comigo!

Continuar a contar esta História simbólica entendo-a assim, mágica e alegre, revela o percurso de vida do meu avô, cuja vida chega ao fim de forma prematura, teria 45 anos e deixa nove filhos e mulher órfãos.

As senhoras estavam entregues ao labor de casa e de cuidar de filhos….

O António, sócio do meu avô, entregou à minha avó uma carta escrita por si e com ela, devolvia os oitenta contos que pertenciam ao meu avô pela sociedade.

A palavra importa e vale como já referi e deve ser sempre respeitada! O amigo, o António Antunes, honrou o compromisso! Admiro-o por esse gesto.

Acompanha-me a caixa onde o avô Luís Peralta guardava os seus documentos, os sobrescritos, o que adoro dizer esta palavra! Esta caixa, foi-me oferecida pela minha mãe, aquando da venda da casa de minha avó, materna. Restaurada foi, está no meu gabinete à distância de um olhar… que gera o meu sorriso orgulhoso.

A beleza desta história leva ao que muito me importa. As raízes familiares, a casa de partida para um caminho que é o de cada um de nós. Os valores entrelaçados bem assentes na húmus que dificilmente se desgarra do nosso ser e permanece no futuro e ao longo do tempo que nos é permitido viver.

Os valores são assim uma força invisível por detrás do ser humano. O entendimento de cada um sobre essa força na gestão do seu uso faz a diferença no perfil de cada pessoa.

Estou hoje capaz de comunicar a diversidade da Aperaltar porque só desta forma a posso tornar verdadeiramente de todos.

Este encontro de partilha que será registado na experiência vivida aqui, escrita, mas também através da tecnologia seja ela digital ou outra, ampliar, agigantar para a da abertura real a um público. Quero torná-la próxima de todos na linha do tempo, onde todos nos encontramos.

A faceta holística que compõe o talento da Aperaltar é a tónica diferenciadora. Ver e acolher o ser humano como um todo com todos os seus sistemas biológico, físico, emocional, espiritual equilibrados, englobam a pessoa como um todo, foi motivação para este enfoque. A harmonia dos sistemas que referi fortalece as defesas do próprio corpo e a restauração desse equilíbrio acontece.

Sendo também a minha formação na Gerontologia e sendo esta a ciência que estuda o processo do envelhecimento do ser humano tenho na aprendizagem destes temas, a importância da prevenção e sermos saudáveis devemos: planear, organizar projetos que preservem bem-estar, integrarmos o autocuidado, viver de forma prazerosa.

Marian Rojas Estapé psiquiatra na área da saúde mental sugere nos seus textos que o que move o ser humano é a felicidade. Refere que a vida tem obstáculos, dor, constrangimentos e sabemos bem que este trilho da vida é sinuoso, no entanto se tivermos coragem, dedicação e Atitude perante as adversidades este comportamento é alterado e somos capazes de ser felizes.

Envelhecer bem e escolher uma filosofia de poder viver muito tempo valorizando a fase, aceitando que o tempo leva a pele jovem, mas que nas rugas podemos surfar de várias formas, só é preciso querermos e estar imbuídos de Inspiração!

 

 

 

 

 

 

 

Por Margarida Gonçalves